[CENÁRIO 01 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ DIA]
JUNIOR – Estão indo para à faculdade?
CAMILA – Sim. Na verdade, apenas eu estou indo.
JUNIOR – (ver Adriana com uma mochila nas costas) Vai viajar, Adriana? (ela não responde)
CAMILA – Entra. Acho que fez bem você ter vindo.
JUNIOR – Na verdade, não posso demorar muito. Tenho que ir para o trabalho.
CAMILA – Mas acho que vocês precisam conversar. (olha para Adriana, que caminha até o sofá. Junior entra) Bem, vou indo, tá. (Camila vai embora. Um curto silencio fica na sala, quando Junior o quebra)
JUNIOR – Nunca mais foi nós visitar? Aconteceu alguma coisa?
ADRIANA – É que andava muito ocupada esses últimos dias.
JUNIOR – Certamente, você sabe que o Gustavo desistiu de tomar à guarda da Ana, afinal, ele disse que você conversou com ele naquele dia depois do julgamento. (Se aproxima dela, mas Adriana continua tentando não olhar para ele) O que vocês conversaram, que o fez voltar atrás?
ADRIANA – Não tem que se preocupar com isso, Junior. (se afasta dele) Importa agora que você tem à Ana, e que vocês vão viver juntos, felizes.
JUNIOR – Você vai embora?
ADRIANA – Vou. Vou fazer uma viagem breve.
JUNIOR – Para onde?
ADRIANA – (não querendo continuar esse assunto, pois saberia que acabaria contando a verdade para ele) Assim como você tem que ir para o trabalho, eu não posso perde o ônibus. (caminha até a porta) Vamos? (Junior vai até ela. Adriana continua tentando não olhar para ele)
JUNIOR – Você vai voltar ainda?
ADRIANA – Não sei. Talvez não…
JUNIOR – Pensei que estava indo tudo bem entre a gente…
ADRIANA – Não piora mais a situação, Junior, por favor.
JUNIOR – (Junior pensa em tocar o rosto dela, e deixá-lo de frente com o seu, mas acaba desistindo) Ana iria gostar de crescer ao seu lado… (Adriana segura o choro)
ADRIANA – Melhor irmos. (Junior saí, Adriana também. Ela fecha o apartamento, e caminha até o elevador. Junior logo atrás, ambos não trocam mais nenhuma palavra)
[CENÁRIO 02 – CASA DA CARLA/ Q. DE ANA/ DIA]
(Carla termina de amamentar Ana, e fica com ela nos braços balançando. Ela pensa em Miguel novamente, e então decide ligar para ele. O problema que o rapaz já estava dentro do ônibus e havia desligado seu aparelho. Percebendo que já era tarde, ela coloca o telefone no bolso, e volta a cuidar da menina)
[CENÁRIO 03 – CASA DO FELIPE/ Q. DA ALICE – Q. DE FELIPE/ DIA]
FELIPE – Vem, entra. Ela está dormindo. (Felipe leva Luana até Alice, mas logo que ela ver a menina e lembra que ela não é sua filha, se afasta) O que foi?
LUANA – Eu não quero acorda-lá. Será que podíamos conversar no seu quarto.
FELIPE – Claro. (Felipe faz um carinho em sua filha, e logo após vai para seu quarto com Luana)
LUANA – Quero falar uma coisa para você, Felipe. Só não sei como contar.
FELIPE – Você não quer mais namorar comigo?
LUANA – Não, não é isso. Quero muito que fiquemos juntos. Só que o que tenho que falar, tem a ver com à Alice. (Felipe se preocupa)
FELIPE – Estou ouvindo!
[CENÁRIO 04 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ DIA]
(mesmo sabendo que está proibida de entrar, Bianca consegue convencer o sindico de subir até o apartamento de Camila. No entanto, ela não sobe sozinha, está acompanhada com um segurança)
BIANCA – Prometo não demorar. Só vou pegar o que esqueci e vou embora. (o segurança fica na sala, enquanto Bianca vai até o quarto de Camila, fingindo na verdade ir até o seu. Bianca sabe onde Camila tem um dinheiro guardado dentro do guarda roupa, para alguma nescessidade, e é esse dinheiro que ela pega, coloca dentro da blusa e sai do quarto sem mexer mais em nada) Pronto, podemos ir. (Bianca e o segurança saem)
[CENÁRIO 05 – CASA DO FELIPE/ Q. DE FELIPE/ DIA]
(Luana está apreensiva, e não sabe se conta ou não a verdade para Felipe)
FELIPE – Você parece nervosa, Luana? O que você tem a contar sobre á Alice? Ela tem alguma coisa?
LUANA – Ela não tem nada. Na verdade, eu quem tenho.
FELIPE – Como assim?
LUANA – Eu não tenho total certeza de que à Alice seja mesmo sua filha!
FELIPE – Que história é essa Luana?
LUANA – Se vamos recomeçar da maneira certa, tudo tem que ser esclarecido entre a gente. Eu tenho dúvidas se a Alice é filha do Sérgio.
FELIPE – Do Sérgio?
LUANA – Isso. Eu acho que a Alice pode ser filha do Sérgio.
FELIPE – (sério) Não acredito nisso.
LUANA – Essa dúvida também surgiu tem pouco tempo para mim Felipe…
FELIPE – Não, não acredito, Luana. Tenho certeza que à Alice é minha filha.
LUANA – Então vamos fazer um teste de DNA?
FELIPE – Não, a Alice é minha filha. Não precisamos de teste nenhum para provar isso.
LUANA – Mas preciso provar para mim. Mesmo que você tenha 100% de certeza de que ela é sua filha, aqui na minha mente ainda vai ter aquela dúvida se ela realmente é sua ou do Sérgio.
FELIPE – (Felipe fica pensativo, ele sabe que Alice é sua filha, mas no fundo, ele também tem dúvida se Alice poderia ser filha do Sérgio) Ok, vamos realizar o teste.
LUANA – (aliviada) Que bom. Assim, poderemos acabar logo com esse fantasma.
[CENÁRIO 06 – CASA DA CARLA/ SALA/ DIA]
(Carla está na sala, pensando em Miguel novamente. Ela pega seu telefone, liga para ele, mas como das outras 5 vezes, o telefone dele não toca)
CARLA – Deixa essa história quieta, Carla. Se vocês não puderam ficar juntos, não é agora que vocês ficarão.
[CENÁRIO 07 – LABORATÓRIO/ DIA]
(Felipe está no laboratório, fazendo o teste de paternidade com Ana. Luana pede que seja realizado dois teste, para ter certeza. Felipe não entende porque essa dúvida toda, mas confiante que os dois resultados vão ser o mesmo, ele concorda. As enfermeiras colhem o material para os testes. E os três voltam para casa)
[CENÁRIO 08 – CASA DA CARLA/ SALA/ DIA]
(Carla está na sala, quando Paula chega)
CARLA – Chegou cedo?
PAULA – Hoje só teve prova. A casa tá quieta assim? O que foi, os dois monstrinhos estão dormindo até agora?
CARLA – Não fala assim. Estão, eles já acordaram, mas consegui colocá-los para dormir novamente.
PAULA – Sabe o que eu estava pensando do caminho do curso para cá?
CARLA – O que?
PAULA – Que você talvez devesse reativar à sua matricula na universidade. Você sabe o quanto você batalho para aquela vaga, e já que você voltou para o Rio, não entendi até agora porque não foi atrás dela?
CARLA – Eu pensei já em destrancar a minha matricula, mas, mesmo que eu quisesse, acho que perdi todos os prazos e também, não posso deixar Pedro sozinho.
PAULA – Pedro não vai ficar sozinho, afinal, você pode estudar à noite, que vou estar aqui para cuidar dele. O Junior também.
CARLA – Não, sei.
PAULA – Não, não vou permite que você desista de seu sonho. Mais do que ninguém, eu e a mamãe sabemos o quanto foi trabalhoso você conseguir passar naquele vestibular. Tantas noites acordada, trabalho duro… Mamãe também insistira que você continuasse.
CARLA – Está bem. Vou ligar para à universidade, ver se ainda posso reativar minha matricula. Mas, mesmo que consiga, não garanto nada.
[CENÁRIO 09 – CASA DO FELIPE/ Q. DE ANA/ DIA]
FELIPE – Pronto filha, chegamos. (Felipe deixa sua filha no berço novamente. Luana que estava logo atrás, entra no quarto da menina, mas não se aproxima do berço. Felipe então começa a perceber, quem tem algo errado com ela) O que está acontecendo Luana?
LUANA – Não está acontecendo nada Felipe!
FELIPE – Está sim. Você nem quis segurar sua filha, nem simplesmente quis olhar para ela.
LUANA – É que acho que vou pegar um resfriado, e não quero passar para ela.
FELIPE – Mas você me parece tão bem.
LUANA – É, mas nunca se sabe o dia de amanhã. Acho que já vou indo.
FELIPE – Espera, almoça com a gente.
LUANA – Eu agradeço, mas tenho que ir.
FELIPE – E se não deixar você ir. (se aproxima dela e a beija)
LUANA – Melhor eu ir. (empurra ele um pouco, e sai dos seus braços)
FELIPE – Você está estranha. Não vai me falar o que está acontecendo?
LUANA – Estou bem, deve ser o resfriado chegando. Você me leva até a porta?
FELIPE – Claro. Já volto filha. Você não vai se despedir da sua filha?
LUANA – Claro. (Luana vai até o berço, pega na mão da menina, finge um sorriso e vai embora logo em seguida)
[NA SALA]
LUANA – Quando os resultados saem?
FELIPE – Como você está com pressa para resolver isso, pedi que o mais rápido que puderem.
LUANA – Quando sair, você me avisar. Quero abrir junto com você.
FELIPE – Claro.
LUANA – Vou indo então. (Luana dar um beijinho no Felipe e vai embora. Felipe fica desconfiado de que alguma coisa esteja acontecendo)
[CENÁRIO 10 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
SÉRGIO – (entrando na sala, caminhando direto para o sofá) Ah que dor de cabeça!
ROBERTO – O que foi? Cansou já?
SÉRGIO – Não sei como você aguenta ficar horas com a cara no meio desses livros. (Adriano chega)
ADRIANO – Cheguei galera. Fala sério que vocês ainda estão estudando?
SÉRGIO – Eu já parei. Não quero ver um livro hoje.
ROBERTO – Eu terminei também. Chegou cedo, o que foi que houve?
ADRIANO – Nada, só estava chato na praia hoje. Mas, era bem melhor do que passar o dia aqui. Vocês fizeram pelo menos o almoço? (vai até a cozinha) Fala sério que vocês não fizeram nada? Vocês passaram o dia inteiro no meio desses livros.
SÉRGIO – Foi e agora preciso de um banho. E não briguem, que vamos comer fora. (levanta do sofá)
ADRIANO – Ah, você pagando é outra história.
SÉRGIO – Gostou né. Só vou tomar um banho. (Sérgio vai para o quarto)
[CENÁRIO 11 – CASA DA LUANA/ SALA/ DIA]
(Luana chega em casa pensativa)
VERÔNICA – (descendo as escadas) Então, contou a verdade para o Felipe?
LUANA – Eu não estou afim de falar com a senhora!
VERÔNICA – Você não vai me contar o que aconteceu entre vocês? Pela a sua cara, você não deve ter contado nada.
LUANA – Com licença. (levanta do sofá e sobe para o quarto, deixando Verônica sozinha)
[CENÁRIO 12 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
(Viviane está na sala ao telefone com alguém da empresa, campainha toca e a emprega vai atender)
BIANCA – (já entrando na casa, sem pedir permissão) Poderia avisar aos seus patrões que a outra dona desta casa chegou. (encontra Viviane na sala) Olá, querida!
VIVIANE – Tenho que desliga, daqui a pouco retorno. (surpresa) Você por aqui?
BIANCA – Sim. Vim resolver aquilo que ficou inacabado entre a gente!
Continua no Capítulo 72…
0 Comentários